Destaques

Uma história da Lili

16/01/2012 / Ana Mello

Lili é minha amiga há anos.

Trabalhamos juntas por um tempo, depois ela mudou de vida. Casou novamente e foi morar em outro estado. Quando nos encontramos, no mínimo uma vez por ano, conversamos muito, damos muitas risadas, contamos muitas histórias do passado e do presente. Acho que temos uma habilidade enorme para dar importância a tudo que nos acontece e também para rir das nossas mancadas.

Num desses encontros ela me contou uma de quando ainda era adolescente. A mãe dela fez uma blusa de crochê, branca, toda em quadradinhos abertos, furadinhos. Só na parte que cobria os seios os pontos eram fechados formando um retângulo. Assim ela poderia usar a blusa sem nada por baixo.

No primeiro baile que aconteceu no clube, ela tratou de colocar a blusa nova, com aquela calça branca bem justinha, tão justinha que tinha que deitar para fechar o zíper. Boa maquiagem, cabelo com escova, um toque  do melhor perfume. Lili, sua irmã e as amigas estavam curtindo a festa.

Até que um rapaz muito bonito e alto veio tirá-la para dançar. Dançaram várias músicas até que o conjunto, conjunto sim, foi há trinta anos, fez um intervalo. Os casais ficaram conversando na pista de dança. A irmã de Lili aproximou-se em ataque de riso chamando-a para acompanhá-la até o banheiro.

Lili desconfiada indagou umas duas vezes sobre o que estava acontecendo.

Como ela não falou, Lili seguiu-a, meio de costas pois achou que sua calça justa poderia estar rasgada ou suja.

Entrou direto no banheiro analisando o traseiro no espelho e a irmã rindo sem parar.

Então Lili olhou sua blusa e viu que, ao erguer os braços em torno do pescoço do rapaz, seu mamilo direito ficara enganchado em um dos furinhos da blusa, deixando seu seio espiando na parte transparente da blusa.

Fim de festa para as meninas, que morrendo de vergonha saíram pelos fundos.

Hoje essa história rende boas gargalhadas.

Lili é demais!